quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ser Alentejano... Não fui eu que escrevi, mas...tá lindo!!

Palavra mágica que começa no Além e termina no Tejo, o rio da portugalidade. O rio que divide e une Portugal e que, à semelhança do Homem Português, fugiu de Espanha à procura do mar.
O Alentejo molda o carácter de um homem. A solidão e a quietude da planície dão-lhe a espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência física, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.
Portugal nasceu no Norte, mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães é o berço da Nacionalidade; Évora é o berço do Império Português. Não foi por acaso que D. João II se teve de refugiar em Évora para descobrir a Índia. No meio das montanhas e das serras, um homem tem as vistas curtas; só no coração do Alentejo, um homem consegue ver ao longe.
Mas foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino, depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia, para D. João II perceber que só o costado de um alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que, para o homem comum, fica muito longe, para um alentejano, fica já ali. Para um alentejano, não há longe, nem distância, porque só um alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre.
Foi, por esta razão, que D. Manuel decidiu entregar a chefia da armada decisiva a Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao perguntar-lhe se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: «Não, é já ali.». O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina.
Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sítio onde não se chega sem parar de andar. E Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar onde Bartolomeu Dias tinha parado. O problema de Portugal é precisamente este: muitos Bartolomeu Dias e poucos Vasco da Gama. Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais difícil já foi feito. Ou seja, muitos portugueses e poucos alentejanos.
D. Nuno Álvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhóis e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia-dúzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da desproporção numérica: «Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?»
Mas os alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para desfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a mulher para ser a companheira do homem. Mas, depois, teve de fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Daí a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não tinha: «Tem tempo e tu tens pressa.» Quem anda sempre a correr, não chega a lado nenhum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é um problema que os alentejanos, graças a Deus, não têm. Até porque os alentejanos e o Alentejo foram feitos ao sétimo dia, precisamente o dia que Deus tirou para descansar.
E até nas anedotas, os alentejanos revelam a sua superioridade humana e intelectual. Os brancos contam anedotas dos pretos, os brasileiros dos portugueses, os franceses dos argelinos... só os alentejanos contam e inventam anedotas sobre si próprios. E divertem-se imenso, ao mesmo tempo que servem de espelho a quem as ouve.
Mas, para que uma pessoa se ria de si própria, não basta ser ridícula, porque ridículos todos somos. É necessário ter sentido de humor. Só que isso é um extra só disponível nos seres humanos topo de gama.
Não se confunda, no entanto, sentido de humor com alarvice. O sentido de humor é um dom da inteligência; a alarvice é o tique da gente bronca e mesquinha. Enquanto o alarve se diverte com as desgraças alheias, quem tem sentido de humor ri-se de si próprio. Não há maior honra do que ser objecto de uma boa gargalhada. O sentido de humor humaniza as pessoas, enquanto a alarvice diminui-as.
E as anedotas alentejanas são autênticas pérolas de humor: curtas, incisivas, inteligentes e desconcertantes, revelando um sentido de observação, um sentido crítico e um poder de síntese notáveis.
Não resisto a contar a minha anedota preferida. Num dia em que chovia muito, o revisor do comboio entrou numa carruagem onde só havia um passageiro. Por sinal, um alentejano que estava todo molhado, em virtude de estar sentado num lugar junto a uma janela aberta. «Ó amigo, por que é que não fecha a janela?», perguntou-lhe o revisor. «Isso queria eu, mas a janela está estragada.», respondeu o alentejano. «Então por que é que não troca de lugar?» «Eu trocar, trocava... mas com quem?»
Como bom alentejano que me prezo de ser, deixei o melhor para o fim. O Alentejo, como todos sabemos, é o único sítio do mundo onde não é castigo uma pessoa ficar a pão e água. Água é aquilo por que qualquer alentejano anseia. E o pão... Mas há melhor iguaria do que o pão alentejano? O pão alentejano come-se com tudo e com nada. É aperitivo, refeição e sobremesa. E é o único pão do mundo que não tem pressa de ser comido. É tão bom no primeiro dia como no dia seguinte ou no fim da semana. Só quem come o pão alentejano está habilitado para entender o mistério da fé. Comê-lo faz-nos subir ao Céu!
É por tudo isto que, sempre que passeio pela charneca numa noite quente de verão ou sinto no rosto o frio cortante das manhãs de Inverno, dou graças a Deus por ser alentejano. Que maior bênção poderia um homem almejar?

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Palavras que nos tocam...

Bem...este vai ser um post um pouco atípico, eu que nem sou muito de lamexices, vou deixar aqui umas palavras de agradecimento...
Como é do conhecimento de alguns, estes últimos tempos não têm sido os melhores por estes lados, por dois motivos em especial... Um, nem me quero referir demasiado a ele, seria dar-lhe demasiada importância, as pessoas tomam as atitudes que julgam ser as mais correctas, eu n sou NINGUÉM para julgar quem quer que seja, pois cada um rege-se pelos padrões que foi "criado", ou então por akeles k "adopta" por os considerar mais correctos, só é pena kd estas decisões atingem os outros e revelam alguma falta de... princípios, ou então, falta de chá!lol... não me querendo alongar muito mais, a outra situação, deve -se ao facto de ter terminado o meu curso profissional em Julho, e desde essa data estar desempregado, acreditem k n é fácil, até para kem tem um jeito natural para não fazer nada e dormir até às tantas, como eu...é nestas alturas que surgem discussões desnecessárias e birras parvas...uma fase em k tudo parece que nos irrita!!
No entanto, há pessoas que surgem nestes momentos como uma luz ao fundo do túnel, é devido às suas palavars que vamos encontrando um pouquinho mais de força e de vontade para seguir em frente, relativamente optimistas...é como que a reserva de um carro que faz mais quilómetros do que seria suposto... lol. Há pessoas que nos "picam" quando ficamos acomodados, há akelas k nos acalmam kd estamos demasiado ansiosos... há akeles k simplesmente nos dizem... "eskece, há males k vêm por bem, acredita"... ou entao... "Eu cá gosto de ti..."
No fundo, quero dizer k dentro dos possíveis e, sem nunca eskecer o passado mais recente, esse posso tentar "passar-lhe ao lado", mas nunca esquecê-lo ou perdoá-lo... tudo parece estar a voltar lentamente ao normal... digamos que me encontro a uns magníficos 60%!!lol..e para isto, todos voces, meus amigos, foram uma ponte, uma voz de comando e uma referência... akeles que nesta altura confirmaram a amizade e, aos que através do seu apoio, se elevaram e mostraram que lhes posso e devo dar mais valor... a todos vós, o meu mais profundo e sincero obrigado!! Obrigadíssimo a todos, acreditem que de uma ou outra forma, me ajudaram... obrigado pela palavras de incentivo, obrigado pelos gritos e por não me permitirem estar demasiado em baixo... Abraços e Beijos a quem os aceitar... :)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Quem é o mestre de Avis????


Kem é afinal o mestre de Avis???E de onde vem esta minha ideia de dar este nome ao blog??? Aposto que o primeiro pensamento foi: "D.João I", lógico!! Talvez...reza a história, que em tempos, existiu mesmo a dinastia de Avis, assim como D.Jõao I, somos todos forçados a acreditar nisso, contudo, n m parece k D.João seja mm o "mestre de Avis", isto pk para mim, n há um, mas vários "Mestres de Avis". Todos nós, k habitamos a vila e, que nela criamos as nossas famílias e assentamos raizes que parecem agarrar c uma força capaz de resistir ao mais terrível dos furacões, somos no fundo, os verdadeiros "Mestres"!! Ainda k seja agradável k a nossa vila seja conhecida por isso, n m parece k seja por isso k ela s mantenha de pé, ela n vive do passado, mas do presente, dakilo k cada um de nós pode fazer por ela!! N m interpretem mal, o k kero dizer é k os "mestres", são todos akeles k de uma ou outra forma, podem fazer alguma coisa pela nossa vila, pk pa se ser mestre, é preciso "esgatanhar" um cadito, e eu n sou mestre, longe disso, aliás... daí dizer k n há um, mas sim vários "Mestres de Avis"... É só a minha opinião, mas tb, o blog é meu... ;) N sei s existem os tais "Mestres" de k falo, tenho esperança k sim...

Já o nome do blog, surge como uma pekena forma de agradecer a todos aqueles que, a partir do primeiro dia em que aki "assentei praça", me fizeram sentir em casa, uma vez que n é daki k sou natural, sou de Galveias, para quem n sabe!(O post a essa grande vila fica para depois). É a minha forma de agradecer à vila por me ter "oferecido" os tão bons amigos que fiz e tão bons momentos que passei ao longo dos meus 12 anos cá, e k ainda hj continuo a passar...

E aqui está ele!!

Então aqui está ele!! O blog que há tanto tempo venho a anunciar no meu hi5... este sim, vai ser um sítio onde vou deixando umas palavrinhas para quem quiser ir visitando... O meu muito obrigado à menina Ana Leal, axo k sem falar tanto com ela, nunca teria tido a coragem de realmente ir com isto para a frente!! :) Já tenho alguns assuntos em mente para escrever, quem me conhece, vai ver que era, afinal, inevitável que viessem aqui parar...
O meu muito obrigado a todos aqueles que, sabendo da existência deste meu blog, perderão algum do seu tempo e visitar e comentar, aceito sugestões para o melhorar a qualquer altura!! Beijos e Abraços...